Um dia, estava batendo papo com meu avô, falava para ele sobre como estava enjoada do meu trabalho na época e que eu queria trabalhar externa e tal. E ele me disse “você é igual eu e somos igual passarinho, não nascemos para ficar presos em gaiolas, queremos voar”. É, ele estava certo. Eu não me encaixo, eu não me enquadro.
Eu tento ser “como os outros e rir das desgraças da vida”, mas não dá. A sensação de que estou estacionada e que a vida escorrega por entre os meus dedos, que os dias passam e eu não estou vivendo. Essa sensação insiste em me acompanhar. E, quanto mais eu tento entrar nos “moldes” propostos pelo mundo, mais este sentimento me devasta, me paralisa, me deixa dormente. Fico infeliz, fico estressada, fico estafada, fico magoada, fico… fico. Eu reconheço pessoas que tem coragem de ser/fazer diferente. Aqueles que “largaram tudo por um sonho”, que arriscaram, que tentaram.
Vivo num misto entre o hoje e todos os ontem que não deram certo. Um dia me fiz acreditar que tudo seriam flores, eu disse para mim que eu era capaz e acreditei ter feito tentativas bacanas, conforme os planos saiam da estrada principal, fui adquirindo frustrações das quais não consigo me livrar. E, quando nada daquilo em que acreditei e planejei deu certo, vi o que, hoje, acredito ser meu verdadeiro eu. Vesti o gorro da desistência e a camisa da insatisfação, sem brilho e sem brio.
O que um dia eu chamava de garra, de força de vontade. Hoje só posso dizer, foi ilusão. Não, não tenho força alguma e, algo em mim teima em me mostrar, no dia a dia e todo dia, que esta sou eu. Fraca, medrosa, esquecida.
Cada dia que passa me reconheço naquele passarinho, que foi retirado do âmago de sua existência, no meio, do que seria, um lindo voo, um voo perfeito. Diretamente para uma gaiolinha de bar, vendo a vida passar, e cada dia mais atrofiado. Por vezes ele tentou voar novamente, quando via uma brechinha, seu ímpeto era tentar fugir. Mas, diante de tantas negativas, hoje a gaiola pode ficar aberta por dias, que ele esqueceu-se de como voar.
É vô, acho que você sempre esteve certo sobre nós, e, cada um a sua maneira, findou dentro de sua masmorra. Esmoreceu e morreu.
– Voa passarinho, a gaiola está aberta.. voa..
Bonita mensagem Gigi, mas as vzs a gaiola pode estar aberta mas preferimos ficar onde estamos. Se estamos bem como estamos, pq mudar? Só sei que a vida é tao linda… Um bom dia lindonaaaaaa…bjs
Obrigada Gilvane!
Infelizmente, nem sempre, tá bom como está e não temos forças de mudar..
Enfim, um dia há de ficar tudo bem né!!
Bjus!
Vc escreve tão bem, meu coração fica partido por ser algo triste. Vem cá ___o___
Beijos
Sabe o que é pior Mi?? Só me inspiro a escrever qdo não tô bem..rs… Vai entender!!!
Abraço recebido com muito amor viu?? ♥
Gi… nem sempre as coisas acontecem como a gente quer ou esperava. Mas se a gente se entrega, as coisas começam a ir por caminhos mais obscuros ainda.
Coisas boas atraem coisas boas. Pensamentos bons levam a gente pra frente sempre e trazem mudanças positivas. Acredite! ;)
Tentando permanecer crente sim Jake! Sigo tentando… ♥